Fundo de Previdência Social do Município de Maués-AM/SISPREV-MAUÉS
Ata da Quinquagésima Nona Reunião do Comitê de
Investimentos do Fundo de Previdência Social do Município de
Maués-AM/SISPREV-MAUÉS.
Aos dois dias do mês de março do ano de dois mil e vinte e três, às quatorze
horas e trinta minutos, na sala de Reuniões do Fundo de Previdência Social do
Município de Maués-AM/SISPREV-MAUÉS, sito à Rua Batista Michiles, n° 948, Centro,
Maués/AM, reuniram-se os membros do Comitê de Investimentos deste Regime
Próprio de Previdência, senhores CLEUNILDO DE OLIVEIRA ALVES - Diretor Presidente
do Sisprev-Maués; REGINALDO DE MATOS PANTOJA - Servidor Público Efetivo, com
Certificação CPA-10; MÁRCIA BRAZ AMARAL - Diretora Administrativa-Financeira, para
deliberação da seguinte pauta:
Cenário econômico para aplicação dos recursos;
v' Análise do resultado mensal dos investimentos;
■/ Demais assuntos.
Tendo como foco o alcance das metas definidas na Política Anual de
Investimentos-DEPIN e na Avaliação Atuarial do referido Fundo Previdenciário, iniciou-
se as atividades do Comitê de Investimentos do SISPREV-MAUÉS, lembrando aos
presentes a seriedade das atribuições conferidas ao Colegiado, de modo especial ao
que se refere à responsabilidade para com os aportes e investimentos financeiros.
Inicialmente, as discussões foram sobre o cenário econômico, abordando o seguinte:
O mês de fevereiro, apesar de mais curto para o mercado local, seguiu
bastante volátil em relação a dinâmica de preços com à continuidade de atritos entre
o Executivo e o Banco Central, com críticas do governo a respeito do nível de juros,
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atuais metas de inflação e independência da autoridade monetária. As discussões a
respeito do desejo de Lula em alterar as metas de inflação, e em um segundo
momento, até uma predisposição do Bacen em alterar a meta de 2024 de 3,0% para
3,5%, acabou pressionando bastante a ponta longa da curva de juros local à medida
que o mercado passava a precificar níveis de inflação de longo prazo mais elevados.
Por outro lado, a pressão sob o Banco central fez com que o mercado passasse a
precificar mais inflação e menores juros no curto prazo, contribuindo para um
movimento de inclinação nas curvas de juros, com fechamento nos vértices curtos e
abertura nos longos.
Como já era esperado pelo mercado, o Copom manteve a taxa de juros
inalterada em 13,75%. Em comunicado, o Comitê foi bastante vocal no tema de
desancoragem das expectativas de inflação, principalmente no custo adicional de
política monetária, já que seu foco não é somente o processo de desinflação, que já
vem ocorrendo, mas também a ancoragem das expectativas para a inflação em prazos
mais longos. Além disso, ainda não temos visibilidade sobre qual será o programa fiscal
proposto pelo Ministério da Fazenda, o que contribuiu com ruídos em torno da
sustentabilidade da dívida pública. Mesmo com nível preços correntes mais controlado,
continuidade do processo de desaceleração econômica e sinais de arrefecimento nos
níveis de emprego, enxergamos pouco espaço para cortes de juros no curto prazo,
principalmente pela desancoragem das expectativas de longo prazo provocada pelo
desejo de um fiscal mais solto e pela ausência de uma âncora fiscal crível. Os efeitos
são evidenciados quando olhamos as projeções para o IPCA de 2026, com o primeiro
relatório do mês mostrando expectativa de 3,50% contra 3,75% do último relatório.
Tais discussões corroboram também para a incorporação de um nível de juros real
neutro mais elevado, reduzindo o espaço adicional para futuros cortes.
Até então, a desaceleração econômica tem sido, de forma majoritária, fruto
do nível de juros mais altos. Porém, o evento de fraude na Americanas acabou
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reduzindo, pelo menos no primeiro momento, o apetite por parte dos bancos na
concessão de crédito. Além disso, tivemos outras companhias passando por
reestruturação de dívidas e recuperação judicial, o que, ao nosso ver, contribuem para
o encarecimento do custo de dívida por parte das empresas, já que o mercado fica
cada vez mais seletivo na concessão. Dados esses eventos, no curto prazo, o mercado
de capitais se tornou uma fonte menos viável de financiamento para as empresas
devido à baixa demanda por dívida e pelos spreads elevados. O repasse do aumento
da Selic via canal de crédito ocorre com defasagem, então ainda temos efeitos para
observar o encarecimento do custo da dívida. Essa dinâmica de transmissão via canal
de crédito prejudica os resultados das empresas via despesa financeira e freia a
economia via menor demanda agregada, realimentando os riscos de inadimplência.
Se olharmos para o indicador de inadimplência disponibilizado pelo Bacen,
principalmente no segmento crédito livre PJ, ele ainda se encontra em 1 p.p. abaixo
da média dos últimos 20 anos. Se tivermos uma normalização dos níveis de
inadimplência, algo que acredita-se que irá ocorrer, os níveis de taxas praticadas para
empréstimos serão ainda maiores, pressionando ainda mais a capacidade de
financiamento das empresas e o crescimento econômico.
Como alívio no mercado local do ponto de vista arrecadatório, tivemos a
divulgação por parte do Ministério da Fazenda da reoneração parcial dos tributos
federais sobre gasolina e etanol. A medida vai em linha com uma maior preocupação
a respeito das condições fiscais do país, já que irá recompor na totalidade as receitas
que seriam renunciadas. Para fazer frente ao percentual que não foi reonerado, a
alternativa do governo foi de estabelecer uma alíquota de imposto de exportação de
petróleo de 9,2% durante um período de quatro meses.
No ambiente externo, a dinâmica de mercado foi marcada pela continuidade
da volatilidade dos dados na economia americana. Até fevereiro, os principais
indicadores convergiam para uma acomodação, porém em nível ainda alto, nos preços,
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além de um modesto arrefecimento no mercado de trabalho, o que foi suficiente para
provocar uma redução na velocidade do aperto monetário por parte do FED, além de
discussões mais aquecidas sobre juros terminal aquém dos 5% estimados
anteriormente e um afrouxamento das condições financeiras. O mercado de dívida
norte-americano segue caro, já que ainda não há visibilidade sobre o nível terminal do
FED FUNDS, o que também dificulta a emissão de títulos de companhias brasileiras no
mercado internacional. Sendo assim, mesmo diante momento mais desafiador,
acreditamos que, a partir do segundo semestre tenhamos uma certa normalização do
mercado, e consequentemente, novas emissões a caminho.
Diante de um cenário macro desafiador e que vem deteriorando
rapidamente principalmente por causa das taxas de juros elevadas e por ruídos
políticos, assume-se um patamar de caixa nos fundos de crédito indexado ao CDI,
acima da média histórica. Diante disso, com a volatilidade de preços no mercado
secundário e a baixa emissão no primário, fizeram com que os portfolios rendessem
em fevereiro abaixo do retorno esperado.
Ao término da análise econômica em que se encontra o país foi apresentado
o resumo dos investimentos do SISPREV-MAUÉS, referentes ao mês de
FEVEREIRO/2023, conforme abaixo:
RELATORIO DE INVESTIMENTOS - SISPREV/MAUES
Mês: FEVEREIRO / 2023
Banco:	BANCO DO BRASIL S.A.		Banco:	BANCO DO BRASIL S.A.	
Conta Corrente:	23.931-3 TAXA DE ADM		Conta Corrente:	19.011-X SISPREV INVEST	
Tipo de	RF S.PUBLICO SUPREMO		Tipo de	BB PREVID RF FLUXO	
Aplicação:			Aplicação:		
Saldo Anterior:	R$	43.915,41	Saldo Anterior:	R$	3.460.662,61
Aplicações:	R$	106.000,00	Aplicações:	R$	821.199,69
Rentabilidade:	R$	945,17	Rentabilidade:	R$	33.358,22
Resgates:	R$	65.644,78	Resgates:	R$	650.204,81
Saldo Atual:	R$	85.215,80	Saldo Atual:	R$	3.665.015,71
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Banco:	BANCO DO BRASIL S.A.		Banco:	CAIXA ECON. FEDERAL	
Conta Corrente:	10.010-1 SISPREV MOVIM.		Conta Corrente:	06.004-6 SISPREV MAUÉS	
Tipo de Aplicação:	POUPANÇA		Tipo de Aplicação:	Fl MEG	
Saldo Anterior:	R$	1.219,97	Saldo Anterior:	R$	11.711.198,42
Aplicações:	R$	275.579,98	Aplicações:	R$	-
Rentabilidade:	R$	6,41	Rentabilidade:	R$	88.736,83
Resgates:	R$	276.563,93	Resgates:	R$	-
Saldo Atual:	R$	242,43	Saldo Atual:	R$	11.799.935,25
Banco:	BANCO BRADESCO S.A.		TOTAL GERAL		
Conta Corrente:	8.832-3 SISPREV MAUÉS		Saldo Anterior:	R$	20.586.093,41
Tipo de Aplicação:	Fl FIXO		Aplicações:	R$	1.202.779,67
Saldo Anterior:	R$	5.369.097,00	Rentabilidade:	R$	169.801,00
Aplicações:	R$	-	Resgates:	R$	992.413,52
Rentabilidade:	R$	46.754,37	Saldo Atual:	R$	20.966.260,56
Resgates:	R$	-			
Saldo Atual:	R$	5.415.851,37			
Ao final das discussões envolvendo as informações relacionadas ao mercado
financeiro e a conjuntura do país, optou-se pela manutenção dos aportes financeiros
nas aplicações em curso. Após, ficou definida para o dia 03/04/2023, às 14 horas,
na sede do SISPREV-MAUÉS, a próxima reunião do Comitê de Investimentos, tendo
como pauta a análise dos investimentos do SISPREV-MAUÉS e demais assuntos que
se fizerem pertinentes, sendo já convocados todos os presentes para a referida
reunião. Nada mais havendo a tratar, o senhor Diretor Presidente deu por encerrada
a presente reunião, cuja Ata segue lavrada por mim, Márcia Braz Amaral, que
secretariei a presente reunião, e a submeterei à aprovação dos demais membros e
devidamente recolherei suas assinaturas.
Rua Batista Michiles, 948 - Centro - Maués - Amazonas - CEP: 69.190-000.
SOStPGW
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CPA - 10
Rua Batista Michiles, 948 - Centro - Maués - Amazonas - CEP: 69.190-000.
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